quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Gavião Carcará




                                            
Nome científico: Polyborus plancus
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes                        
Família: Falconidae 



O Gavião Carcará é uma ave altiva, imponente e forte, conhecida por sua excepcional visão e coragem, longo raio de ação e controle do território onde habita.
O comprimento varia de 50 a 60 cm, e sua envergadura chega a 123 cm. A penagem é alvinegra, apresentando manchas mais claras nas pontas das asas, e tem a face nua, amarela ou vermelha. Possui um penacho nucal, que confere à sua cabeça uma forma característica. Suas pernas são grandes e fortes. Quando jovens são pardos, com peito estriado, face violácea ou amarelo-clara e pernas amareladas ou esbranquiçadas. Observando sua cabeça, logo se pode notar ser um carcará pelo formato inconfundível.


Este gavião é conhecido também por caracará na Serra da Canastra. Sua alimentação é composta de insetos, ovos de outras aves, aranhas, minhocas, cobras e outros invertebrados, além de alguns vertebrados, muitas vezes já mortos e até em início de decomposição. Costuma matar suas presas com bicadas na nuca. Come também frutas e grãos que encontra no chão. É dotado de poderoso sistema digestivo e o que não consegue digerir é regurgitado
Seu habitat são os campos, cerrados, matas e caatingas, e também a orla marítima. Com a redução do habitat, tem sido visto cada vez mais também nas grandes cidades. Ocorre da Flórida (EUA) à Terra do Fogo (Argentina/Chile) bem como no Brasil. Está ameaçado de extinção, pela destruição de seu habitat natural e pela caça indiscriminada



Costuma fazer o ninho entre ramos de árvores muito altas, como os eucaliptos, com estrutura rasa de gravetos e pedaços de madeira. A cor de sua face muda de vermelho para amarelo quando se excita sexualmente. Põe 2 ou 3 ovos, às vezes (raramente) 4, de colorido que varia entre branco, vermelho-esbranquiçado, camurça ou vináceo, com manchas vermelho-pardas. Os ovos medem 56-61 x 44-47 mm e são chocados pelo casal durante 28 dias. Normalmente os pais criam um único filhote por ninhad

Rolinha-roxa

Historicamente uma das primeiras espécies brasileiras a se adaptar ao meio urbano, ainda é a espécie nativa mais comum em boa parte das grandes cidades brasileiras. É curioso notar que costuma ser encontrada em maior quantidade em locais alterados pelo homem do que em seu próprio habitat original que são as áreas de cerrados e campos.
Conhecida também como rolinha-barreirinha, (rola)rolinha-caldo-de-feijão (PB e CE), picuí-peão, rola, pomba-rola,rola-grande, rola-roxa, rola-sangue-de-boi (PE e BA), rolinha, rolinha-comum, rolinha-vermelha, rolinha-juruti e pomba-café. Em várias áreas do Nordeste do Brasil o nome “rolinha-vermelha” é usado tanto para se referir a Columbina talpacoti e a fêmea da pararu-azul Claravis pretiosa e, portanto, sugere-se que este nome popular seja evitado. A sua vocalização é uma sequencia de ”uú-uú-uú”.


Características

Medem 17 centímetros de comprimento e pesam 47 gramas. O macho, com penas marrom avermelhadas, cor dominante no corpo do adulto, em contraste com a cabeça, cinza azulada. A fêmea é toda parda. Nos dois sexos, sobre a asa há uma série de pontos negros nas penas. Os Filhotes saem com traços da plumagem de cada sexo

Alimentação

Alimenta-se de grãos encontrados no chão. Havendo alimento, reproduz-se o ano inteiro. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

Reprodução

O casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas de perto. O macho possui um canto monótono, de dois chamados graves e rápidos, repetidos continuamente por vários segundos. Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos, feitos entre cipós ou galhos, bem fechados pelas ramadas do entorno. Postura de 2 ovos, chocados pelo casal entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com no máximo 2 semanas de vida. O casal, às vezes dois dias depois, já inicia nova ninhada, quando as condições ambientais permitem.Os ninhos são construídos em árvores baixas e altas e as vezes em cachos de banana ou em calhas das casas e nos telhados.

Hábitos

Adapta-se aos ambientes artificiais criados pela ação humana. Vive em áreas abertas; o desmatamento facilitou sua expansão, em especial nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos. Entrou nas grandes cidades das regiões sudeste e centro-oeste do Brasil; facilmente encontrada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Muito agressivas entre si, embora possam formar grupos, disputam alimentos e defendem territórios usando uma das asas para dar forte pancadas no oponente. Os machos são mais belicosos. Nas disputas ou quando tomam sol, deitadas de lado no chão e com a asa esticada para cima, mostram a grande área de penas negras sob a asa.

Quiriquiri

terra do consolo região de  Baixa Grande
ambém conhecido como falcão-americano, falcão-quiriquiri, gavião-mirim (PE), gavião-quiriquiri (PE), gavião-rapina (NE) e gaviãozinho, o quiriquiri é o menor dos falcões e uma das menores aves de rapina do Brasil, ocorrendo em todo o território, exceto em áreas de floresta. Como a maioria das aves de rapina, o quiriquiri captura cobras, lagartos, roedores, morcegos, pardais e filhotes de pombos, ajudando a controlar a população de alguns animais que, na ausência de predadores, podem se tornar pragas indesejáveis em áreas rurais e urbanas. Porém eventualmente pode capturar pequenos animais domésticos, mesmo em gaiolas, o que o torna alvo do ser humano, assim como o gavião-carijó. O seu nome deriva da sua vocalização.

Características

Mede de 23 a 27 cm de comprimento e pesa de 85 a 140 gramas. O macho é cinza azulado no alto da cabeça e asa, enquanto as costas e a cauda são marrom avermelhado, finamente estriadas de negro. Uma larga faixa negra subterminal na cauda e ponta branca. As partes inferiores são brancas, com pontos negros no peito e barrigas, mais densos nos lados do corpo. Possui um desenho de lágrima, negra, abaixo do olho; uma outra linha vertical no lado da cabeça e um ponto negro na nuca.

Alimentação

Caça a partir de poleiros fixos, naturais ou artificiais (como os fios ao longo da estrada) mesmo em ambientes urbanos. Durante a caça voa a pouca altura do solo, o que facilita a observação desta ave. Além de apanhar a presa a partir do poleiro, também costuma ”peneirar” (voo no mesmo lugar). Alimenta-se de lagartos e grandes insetos; ocasionalmente, apanha roedores, pequenas cobras e pequenas aves. A presa é capturada e morta no solo, sendo carregada depois para o poleiro.


Reprodução

Nidifica em ocos de árvores, cavidades feitas por pica-paus, buracos em barrancos e até em cupinzeiros. A fêmea põe até 4 ovos que choca de 27 a 32 dias. Os filhotes voam entre 29 e 31 dias de vida e já apresentam dimorfirmo sexual.

Hábitos

Ocupa áreas semi-urbanizadas, margens de estradas e ambientes abertos, produzidos pela atividade humana. Nas áreas naturais, está na região de campos e de cerrados, evitando as matas, cerradões e formações de vegetação adensada. É muito ativo durante todo o dia, principalmente durante o período de reprodução.

Distribuição Geográfica

Desde o Alasca e Norte do Canadá até à ponta Sul da América do Sul (Terra do Fogo), em todo Brasil, exceto em florestas.

Tapaculo-preto



fazenda consolo 
O azulinho é uma ave passeriforme da família Cardinalidae. Também conhecido como azulinho-do-sul. Seu nome significa: do (grego) kuanos = azul escuro; e loxia = bico cruzado, tentilhão de bico forte; e do (latim) glaucus = azul acinzentado; e caeruleus = azul escuro, azul profundo. ⇒ (Pássaro de cor) azul escuro acinzentado com bico forte.

  Características

Mede 14,5cm. de comprimento. Quase que uma miniatura do azulão(Cyanoloxia brissoni), mas menos robusto, de pernas mais longas e de bico relativamente pequeno. Canto fluente de andamento rápido. As fêmeas e os filhotes são pardos.

  Alimentação

 Granívoro.

  Reprodução

Tem de 3 a 4 ninhadas por ano, com 2 a 3 ovos em cada uma.

  Hábitos

Típico de bordas de matas secas subtropicais, matas mesófilas residuais, parque de espinilho no sudoeste do Rio Grande do Sul, mata de araucária e bordas de matas úmidas do Brasil meridional. Usualmente solitário, aparece durante o inverno no interior de São Paulo, onde vocaliza pouco, passando facilmente desapercebido.

  Distribuição Geográfica

A Distribuição geográfica vai dos estados da região sul até São Paulo e Mato Grosso do Sul.


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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Tuim

O tuim, também chamado popularmente de cuiúba, chuim, periquitinho, pacu ou papacum (Ceará), periquitinho-de-são-josé (norte da Bahia,) papacu ou simplesmente tuí, é o menor psitacídeo do Brasil.
Seu nome significa: de Forpus = não explicado, mas provavelmente com origem no (grego) phoreö = possuir; e pous = pé; do (grego) xanthos = amarelo; e pterux = asa. ⇒ Ave que possui o pé e asa amarelos.

Características

É a menor ave da família dos papagaios e periquitos no Brasil, com o corpo todo verde, um pouco mais escuro nas costas mede 12 centímetros e pesa em media 26 gramas. O bico é pequeno e cinza claro. Possui dimorfismo sexual, uma característica rara nas espécies brasileiras da família. O macho é verde-amarelado, com uma grande área azul na superfície inferior da asa e no baixo dorso; algumas penas na dobra da asa, ombros, parte inferior das costas, e coberteiras caudais são de uma cor azul-violeta. Testa, coroa e lados da cabeça mais esverdeados; parte inferior da cauda verde. A fêmea é totalmente verde, sendo amarelada na cabeça e nos flancos. A cauda curta forma a silhueta característica e diferencia o tuim do periquito.

Alimentação

Procuram seu alimento tanto nas copas das árvores mais altas, como em certos arbustos frutíferos. Subindo na ramaria utilizam o bico como um terceiro pé; usam as patas para segurar a comida, levando ao bico. Gostam mais das sementes do que da polpa da frutas. São atraídos por árvores frutíferas como mangueiras, jabuticabeira, goiabeiras, laranjeiras e mamoeiros. Os cocos de muitas palmeiras constituem sua alimentação predileta, procuram também as frutas da embaúba(Cecropia sp.) dos capinzais. Gostam também de mastigar erva como complemento vegetal. Apreciam as sementes de Braquiárias. Na Mata Atlântica, é freqüente presenciarmos estas aves em bandos se alimentando dos frutos da Castanha do Maranhão(Pachira aquatica).

Reprodução

Nidifica em ocos de árvores, ninhos artificiais e cupins. Costuma usar ninhos vazios de joão-de-barro e de pica-paus pequenos. As posturas podem ir de 3 a 8 ovos e são incubados pela fêmea, apesar de o macho também ficar longos períodos dentro do ninho. No habitat natural o período de incubação ronda os 17 dias. As crias têm um desenvolvimento muito rápido. Com 20 dias estão cobertos de penas e deixam o ninho pela quarta ou quinta semana de vida já com a plumagem do sexo correspondente.

Hábitos

Vivem em bandos de até 20 tuins e sempre que pousam, se agrupam em casais. Habitam as bordas das mata ribeirinha, mata seca e cerradões. Muito ativos, deslocam-se por grandes áreas, sempre com gritos de contato. Os chamados são agudos, em tons mais baixos do que os do periquito, além de serem mais curtos. Qualquer novidade na área de alimentação, ninho ou dormida é logo saudada pelos gritos de alarme e contato do grupo. Pousados, ficam camuflados pelas folhas. É surpreendente ver a quantidade que estava invisível na vegetação, depois de um grupo surpreendido levantar voo.

Sabiá-do-campo

O sabiá-do-campo é uma ave passeriforme da família Mimidae.


Seu nome significa: do (latim) mimus  mimica, imitar; e saturninus  sombrio, cinzento, cor de chumbo.Imitador cinzento.
Também conhecida como tejo-do-campo, calhandra, arrebita-rabo, galo-do-campo, papa-sebo, sabiá-levanta-rabo, sabiá-conga ou sabiá-poca, sendo o último nome evitado pelos ornitólogos para não causar confusão com outro sabiá de mesmo nome (Turdus amaurochalinus). O sabiá-do-campo (Mimus saturninus) é uma ave famosa por seu vasto repertório de cantos, que incluem imitações
de outras espécies

Características

Mede 26 centímetros e pesa cerca de 73 gramas. Possui uma coloração cinzenta no dorso, alto da cabeça, asas e cauda. O peito e o ventre são branco-amarelados ou arroxeado pela terra. A listra superciliar branca, destacada pela faixa negra na altura dos olhos é uma característica importante para identificação. Os olhos dos adultos são amarelados, marrom escuros nas aves juvenis, as quais também possuem o peito rajado de cinza escuro. Possui a cauda comprida com as pontas de cor branca
Existem duas outras espécies do gênero que ocorrem no Brasil do mesmo gênero, o sabiá-da-praia (Mimus gilvus), que como o próprio nome diz está restrito ao litoral e pode ser diferenciado por apresentar as partes superiores com coloração cinza e as partes inferiores bem claras, quase brancas. A outra espécie é a calhandra-de-três-rabos (Mimus triurus), que é bem mais clara que o sabiá-do-campo, possui as sobrancelhas brancas, assim como uma faixa na asa, que é bem visível quando a ave está em voo, especialmente porque a ponta da asa é negra.

Alimentação

São onívoros, alimenta-se principalmente de invertebrados e frutos. Dentre os invertebrados, os insetos (formigas, cupins, besouros) constituem a maior parte das presas. Os frutos podem ser silvestres (neste caso de pequeno tamanho, engolidos inteiros) ou cultivados, como laranja e abacate. Aprecia muito os frutos do Tapiá ou Tanheiro (Alchornea glandulosa). As sementes não são digeridas, e atravessam intactas o tubo digestivo. A ave atua, assim, como dispersora das sementes dos frutos que ingere. A maior parte do alimento é obtida enquanto a ave caminha pelo solo. Outros métodos de alimentação com presas animais são menos freqüentes, como a captura de insetos em vôo a partir de poleiros elevados, ou com saltos a partir do solo. Frutos são coletados pela ave empoleirada; frutos de grande tamanho, cultivados, podem ter parte de sua polpa consumida após caírem ao solo. Ocasionalmente predam ninhos com ovos e filhotes de outros pássaros. Aproveita-se de gordura e carne em mantas de charque ao sol (daí o nome papa-sebo

Hábitos

Apresenta uma série de comportamentos, muitos deles pouco entendidos, talvez pela dificuldade de se aplicar um método muito comum de pesquisa, que é o de anilhamento. Algumas pessoas que tentaram anilhar esta ave para estudar seu comportamento desistiram deste recurso pois a ave parece ser tão sensível ao estresse da captura que alguns 


fonte http://www.wikiaves.com/

domingo, 25 de janeiro de 2015

Frango-d'água-azul

O frango-d'água-azul é conhecido também como jaçanã (Maranhão) e tauá-tauá-azul (Amapá).
Seu nome significa: do (grego) porphurion, porphyrio = galinha do pântano; e do (latim) martinicus = referente a ilha de Martinica no Caribe, referente ao continente americano identificado pela ilha da Martinica. ⇒ Galinha do pântano da Martinica ou galinha do pântano da América.

Em algumas regiões, como no Maranhão, são cinegéticos, sendo muito caçados a partir de março, quando trocam todas as penas das asas ao mesmo tempo e ficam impossibilitados de voar. Os ovos também são alvo de predação pelo homem, fatores que podem contribuir para o declínio da espécie nestas regiões.

Características



Mede cerca de 35 centímetros de comprimento. Geralmente o frango d'água mais conhecido do país; ao contrário do frango-d'água-comum (Gallinula chloropus), tem um escudo chato e azul esbranquiçado, pernas amarelas e “farol de ré” branco não bipartido. Imaturo parecido com o frango-d'água-comum, mas de cor parda-amarelada, podendo lembrar um maçarico ou uma jaçanã jovem.

Voz: agudo “te-te-te”, “tik-tik-tik”, baixinho “dog; notas ou frases soando como múrmurios ou guinchos. Empoleirado em estacas, agarra-se a moitas de taboa (Typha), à feição dos socois. Voa bem, mantendo as pernas esticadas para trás, unidas e os pés cruzados.


fonte: wikiaves

O arapaçu-de -bico-torto

O arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus falcularius) é uma espécie de ave da subfamília Dendrocolaptinae. Também conhecido por “Arapaçu-alfange”, “Gurizão”.

  Características


24cm. Bico longo (6cm), fino e recurvado, lateralmente comprimido e de cor negra; o pescoço longo. Voz: um estridente “spiä” ( advertência); sequência de três assovios roucos porém melodiosos e descendentes, seguida por um assovio ascendente “tschríä-tschriä-tschríä-tschri-í”, às vezes em estrofes mais prolongadas (canto)


 Alimentação

Insetívoros.

  Reprodução

 Nidificam em ocos de árvores não sendo capazes de, por si próprios, escavarem tais abrigos. Põe geralmente dois ovos branco-puro com pouco brilho, preparando um colchão de pedaços de casca ou de folhas secas. O casal de reveza ( ou não ) na incubação e criação dos filhotes.

  Hábitos

Ao se alimentar, o arapaçu-de-bico-torto enfia o bico longuíssimo até a testa, em ocos e fendas de galhos, nas“janelinhas” retangulares que os roedores abrem em bambus e entre bromélias e outras plantas. Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e regiões subtropicais ou tropicais úmidas de alta altitude.

Distribuição Geográfica

Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Brasil e Paraguai

fonte  http://passarosdooestecatarinense.blogspot.com.br/2013/12/arapacu-debico-torto.html

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Guaracava-de-barriga-amarela

A guaracava-de-barriga-amarela é uma ave passeriforme da família Tyrannidae.
Seu nome significa: do (grego) elaineos = da cor de azeite, verde oliva; e do (latim) flavus = amarelo; e gaster = ventre, barriga. ⇒ (Ave) verde oliva com barriga amarela.

Possui os nomes comuns de maria-é-dia (São Paulo), maria-já-é-dia, bobo (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), caracutada (Pernambuco), cucuruta, cucurutado, guaracava (São Paulo), guaracava-de-crista-branca (Pernambuco), maria-acorda, maria-tola (Minas Gerais) marido-é-dia e joão bobo(Santa Catarina).

A guaracava-de-barriga-amarela, como também é conhecida, pertence ao gênero Elaenia que é famoso entre os ornitólogos pela dificuldade na identificação de suas espécies.

É a guaracava mais comum e mais abundante por todo o Brasil. Embora, signifique que para uma identificação com estrita segurança e confiabilidade necessita-se do auxílio da vocalização(ouvir ou gravar a voz). Estas espécies crípticas somente poderão ser identificadas em campo, no local, não há uma mínima possibilidade se aplicarmos a comparação visual através dos registros fotográficos. Esta assertiva é de difícil aceitação pelos observadores que fazem seus registros.

Características
Mede cerca de 16 centímetros. É uma das espécies de maior porte do grupo. E menor apenas que Elaenia spectabilis - com a qual se parece bastante - Elaenia pelzelni, Elaenia obscura e Elaenia dayi - a maior do grupo. É, também a de comportamento mais chamativo. As costas são mais oliváceas do que as outras aves do gênero. As duas faixas brancas da asa ficam mais nítidas devido ao contraste. Na cabeça, mais acinzentada, destaca-se um anel branco ao redor dos olhos e uma pequena área clara entre o olho e o bico. As penas do topete são longas e mantidas eriçadas, sem ter o aspecto “despenteado” de Elaenia cristata. Garganta branca com um tom acinzentado nos lados e no peito, antes de chegar à barriga amarelada. Logo depois da muda (março/abril), o amarelo é mais forte, esmaecendo com o envelhecimento da pena, até chegar a um cinza com leve amarelado no final do ano

Alimentação
Muito ativas, movimentam-se por áreas abertas e copas das matas, buscando invertebrados e pequenos frutos. Alimenta-se principalmente de pequenos frutos como amora, erva-de-passarinho, magnólia-amarela e figos-benjamim, mas também come insetos como formigas, besouros, cigarrinhas e cupins voadores

Reprodução
Nas madrugadas do período reprodutivo possui um chamado baixo e grave, repetido continuamente, a primeira parte ascendente, um intervalo e a continuação descendente, no mesmo tom. Seu período de reprodução acontece de julho a novembro. Seu ninho é em forma de tigela funda de fibras vegetais e raízes finas, presa com firmeza sobre um galho horizontal e revestida por fora com uma camuflagem perfeita de líquens e cascas de árvores e a fêmea bota em média 2 ovos de cor creme com manchas vermelhas. A incubação leva cerca de 16 dias e os filhotes desenvolvem a plumagem dentro dos 16 dias após a eclosão.

Hábitos
Raramente descem ao solo. Passam a maior parte do tempo subindo às copas das árvores. Costumam empoleirar-se em locais expostos, vivendo em casais ou pequenos grupos familiares. Durante o dia, possuem um canto característico, diferente das outras espécies desse gênero. Ele lembra o apito de um mestre de bateria de escola de samba. É emitido por uma das aves do casal e a outra imediatamente responde

http://www.wikiaves.com.br/guaracava-de-barriga-amarela

Fogo-apagou

Fogo-apagou é uma ave columbiforme da família Columbidae.
Seu nome significa: do (latim) columbina = referente à família Columbidae; e do (latim) squamatus = referente a escamas, escamada. ⇒ pombinha com escamas ou pombinha escamada.

O nome popular fogo-apagou é sem dúvida a melhor tradução escrita para o canto desta ave, um dos sons mais típicos da “roça”.

Recebe os nomes populares de rolinha-carijó, fogo-pagô (onomatopeico), rola-pedrês, Felix-cafofo (Paraíba), paruru e galinha-de-Deus. Na região mais setentrional do Nordeste brasileiro, precisamente no interior dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, Columbina squammata é chamada pelos moradores locais de rolinha-cascavel ou rolinha-cascavilinha devido ao padrão da plumagem lembrar o aspecto das escamas da cobra cascavel (Crotalus durissus)

Na música popular, deu nome à composição de Sá e Guarabyra Fogo Pagô, que traz os versos:

Fogo pagô que encantou
Levou embora
Ai, teus murmúrios na memória…

Foi cantada também por Luiz Gonzaga.

Características
A característica mais marcante desta espécie é o padrão escamado da plumagem, que lhe proporciona camuflagem. A cor de base é o bege. Quando em voo é possível ver uma faixa branca na base da asa, seguida pela faixa branca da lateral da cauda. Mede cerca de 19 centímetros.

Alimentação
Alimenta-se no chão, andando com a barriga quase arrastando no solo. Quando assustada, voa bruscamente para árvores próximas. Uma árvore chamada Crindiuva (Trema micrantha) dá um dos frutos prediletos dessa espécie.

Hábitos
A fogo-apagou é uma rolinha de hábitos geralmente discretos, que anda em casais ou pequenos grupos pelas bordas de matas, cerradões, pomares, parques e outros tipos de vegetação, excluindo-se os muito abertos ou muito fechados. Seu silêncio só é quebrado pela vocalização, que a ave só emite empoleirada em locais bem escondidos, e pelo ruído produzido pelas asas quando a ave alça voo, lembrando um gemido. No Sudeste é tida como espécie arisca, sendo muito mais ouvida do que vista em cidades como Campinas ou Ribeirão Preto, mas é curioso notar que em Brasília ou Goiânia a fogo-apagou aproxima-se muito mais das pessoas, ciscando nas calçadas da mesma forma que a rolinha-roxa (Columbina talpacoti).
Ornitólogos e observadores de aves do estado de São Paulo vêm relatando um certo declínio nas populações desta espécie. Muitos atribuem este declínio à competição com a pomba-de-bando (Zenaida auriculata), que vem aumentando sua distribuição e abundância

corruíra

O corruíra possui diversos nomes populares, tais como: correte, maria judia (Pará), cambaxirra, garrincha (Minas Gerais e Maranhão), cutipuruí (Pará, Amazonas), rouxinol (Ceará, Pernambuco e Paraíba), corruíra-de-casa, carriça, garriça, curuíra, coroíra, curreca (Santa Catarina) e carruíra (Rio Grande do Sul)

 Quase inconfundível, ao menos em ambientes alterados pelo homem, as outras espécies brasileiras da família Troglodytidae são típicas de ambientes florestais ou restritas a habitats muito específicos.

Até recentemente a espécie Troglodytes aedon tinha sua distribuição registrada em todo o continente americano, exceto acima do Círculo Polar Ártico, no entanto após uma série de estudos, as populações ao sul do México passaram a ser consideradas como uma espécie distinta, renomeada como Troglodytes musculus. A mudança no nome científico não mudou em nada a popularidade desta ave já muito conhecida em nosso país.

Muito comum, ocorre virtualmente em todos os hábitats abertos e semi-abertos, aparecendo rapidamente em clareiras abertas em regiões florestadas. Habita também os arredores de casas e jardins, inclusive no centro de cidades, e ocupa ilhas na costa marítima, cerrados, a caatinga, borda de matas e margens de banhados.
Seu nome significa: do (grego) Troglodytes = aquele que mora em cavernas; (latim) musculus diminutivo de mus = pequeno rato; camundongo.⇒ pequeno rato que habita as cavernas.

Características

Mede 12 centímetros de comprimento. Seu canto trinado, alegre e melodioso, é ouvido principalmente no começo da manhã. Enquanto ela se move sobre construções ou na vegetação, emite sem parar um crét crét, rouco e baixo. Bem pequena, pode ser escondida na palma da mão. É parente do famoso uirapuru, considerado por muitos como a ave brasileira que tem o canto mais bonito. Também a corruíra é grande cantadora.

Alimentação

Come insetos pequenos (besouros, cigarrinhas, formigas, lagartas, vespinhas) e aranhinhas, e às vezes até filhotes de lagartixa. Captura as presas enfiando o bico em frestas e cavidades, tanto em construções humanas quanto sob a casca de plantas.

Por alimentar-se de pequenos insetos que procura entre a folhagem baixa e em todo lugarzinho escondido nos cantos dos jardins. Por este motivo recebeu o nome científico de musculus, que significa rato, já que dá a impressão de ser um camundongo, quando está saltitando pelos cantos

Reprodução

Faz seu ninho em todo tipo de cavidade, o que motivou também o nome do gênero Troglodytes, que significa morador da caverna. Com certeza os comportamentos mais notáveis em relação a esta espécie referem-se a sua reprodução, pois a corruíra é capaz de construir seu ninho nos locais mais improváveis. A lista de relatos de ninhos construídos em condições incomuns é grande, passando por telefones públicos, tratores, caixas de música, instalações elétricas etc. É uma das aves que mais se aproveita dos ninhos artificiais disponibilizados pelos humanos, especialmente caixas com entrada pequena. Nidifica em qualquer cavidade, como troncos de árvores ocas, embaixo de telhas de casas ou em ninhos de outras aves. Os ninhos são constituídos principalmente por gravetos entrelaçados com no máximo 18 centímetros e mínimo 1,7 centímetros.

Hábitos

A corruíra pode destruir ovos de outras espécies de aves sem nem mesmo alimentar-se deles. Este comportamento pode estar relacionado à eliminação de competidores de outras espécies. Há vários relatos deste comportamento para a espécie americana, e para a brasileira há uma descrição de predação em ovos do sabiá-barranco (Turdus leucomelas). Vive solitária ou aos pares; macho e fêmea cantam em dueto


Corrupião

fotografado próximo a Leonel
Nome Popular: Corrupião Nome Científico: Icterus jamacaii Peso: Entre 45 a 50 g Tamanho: 23 cm Expectativa Vida: Aproximadamente 20 anos Alimentação Alimentam-se basicamente de frutas, legumes e verduras como maçã, mamão, laranja, goiaba, banana, jiló, berinjela, cenoura, beterraba, couve, almeirão. Aceitam muito bem larvas de tenébrio, aranhas e insetos.Reprodução Reproduz entre a primavera 

Onívoro. O corrupião se alimenta de frutos, sementes, insetos, aranhas e outros pequenos invertebrados. Aprecia a seiva das flores e os frutos do cactus. Come também as flores do ipê-amarelo e do Mulungu, esta ultima faz com que sua plumagem fique com um tom laranja bem forte. Alimenta-se à várias alturas, com preferência para a vegetação mais baixa. Como outros membros da sua família, utiliza uma interessante técnica para conseguir comida, conhecida como “espaçar”, “gape” em inglês, que consiste na inserção do seu bico fino numa fruta, folhas enroladas ou madeira podre, por exemplo, abrindo as mandíbulas, fazendo assim uma cavidade para espiar e pegar o alimento escondido

 Em muitos lugares o Corrupião se tornou um grande problema. Em Linhares por exemplo esta ave não existia antes e apareceu bem recentemente. Como ele pode se alimentar de ovos de outras aves, muitas vezes ele invade ninhos alheios. Eu já presenciei casos de Corrupiões entrando em ninhos de outras aves e comendo os ovos. - Gabriel Bonfá

Reprodução 

Atinge a maturidade sexual de 18 a 24 meses. As vezes constrói seu próprio ninho, mas costuma ocupar ninho alheio para procriar (ex.: bem-te-vi, casaca-de-couro, joão-de-barro, joão-de-pau e xexéu), enxotando os donos e jogando seus filhotes ao chão, mas não é totalmente parasita, pois choca e cria sua própria prole. Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 2 a 3 ninhadas por estação. Os filhotes nascem após 14 dias

Hábitos 

É comum em áreas da caatinga e zonas secas abertas, onde pousa em cactáceas, e também em bordas de florestas e clareiras, nos locais mais úmidos, nos locais mais secos como a caatinga nordestina procuram avidamente as fontes de água, tanto para matar a sede como para tomarem deliciosos banhos. Vive aos pares. Não costuma acompanhar bandos mistos de aves.