terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Bem-te-vi-rajado

O bem-te-vi-rajado é uma ave passeriforme da família Tyrannidae.
Seu nome significa: do (grego) muia = mosca; e de dunastës = governante; e do (latim) = maculatus, macula = manchado, com manchas, mancha. ⇒ Governante das moscas manchado.
Esta espécie pode ser confundida com o bem-te-vi-pirata (Legatus leucophaius) e com o peitica (Empidonomus varius), mas é maior que os dois. É uma espécie geralmente solitária e quieta, cantando com mais intensidade ao entardecer ou nas primeiras horas do dia. Também conhecido por soluço.

Características

A maior das espécies rajadas da família, destaca-se pelo enorme bico e cabeça desproporcional ao corpo. É do tamanho do bem-te-vi. As listras superciliares brancas não se unem na nuca, como nas outras espécies de plumagem rajada.

Alimentação

Alimenta-se de insetos que apanha em vôo a partir do poleiro e também de pequenos frutos como o da canela-amarela, sendo um provável dispersor de sementes. Ainda, gostando muito das bananas maduras da embaúba. Adora cigarras e para come-las ele faz os seguintes passos: primeiro ele as apanha em pleno voo, logo em seguida bate a cigarra repetidas vezes em um galho até suas asas cairem, depois joga o corpo da cigarra para cima e a engole.

Reprodução

Migratório no Pantanal, chega no final de julho/agosto para iniciar logo reprodução. ninho em ocos de árvore, geralmente feitos por pica-paus. Também usa ninho com entradas laterais (de surucuá e outras aves) nos cupinzeiros arborícolas. Leva folhas e capins para a cavidade, fazendo um ninho propriamente dito. O casal alimenta a prole, afastando agressivamente predadores. A fêmea é encarregada tanto da construção do ninho quanto da incubação, que leva 16 ou 17 dias. O casal se reveza na alimentação dos filhotes que deixam o ninho 18 a 21 dias após a eclosão. Também procria em postes na cidade aproveitando-se de medidor de relógio com vidro quebrado ou refletor desativado com vidro quebrado; esses locais de reprodução são arborizados.

Arapaçu-de-cerrado

O arapaçu-de-cerrado (Lepidocolaptes angustirostris) é uma ave passeriforme da família Dendrocolaptidae. Recebe, também, os nomes populares de arapaçu-de-supercílio-branco, arapaçu-do-cerrado, cata-barata e cutia-de-pau.
Seu nome significa: do (grego) lepis, lepidos = com escala, com marcações, com listas; e kolaptës = bicador; e do (latim) angustus = estreito; e rostris, rostrum = bicador, bico. ⇒ Ave bicadora com listas e bico estreito.

Alimentação


Encontra seu alimento com a ajuda do seu bico enquanto fuça nos troncos e galhos, em bromélias, em postes de madeira e em mourões de cerca. Come principalmente insetos, como formigas, besouros e lagartas de borboletas, além de aranhas, escorpiões, moscas, pererecas, girinos e lagartixas

Reprodução

Nidifica em árvores velhas, usando em geral ocos abandonados por pica-paus. Reveste a cavidade com folhas e cascas de árvores, e aí põe dois ovos branco-puros.

Hábitos

Vive no cerrado, na caatinga e em lugares abertos, com árvores esparsas.

Este pássaro tem o hábito de subir pelos troncos das árvores, agarrado pelos pés, enquanto enfia o bico em fendas e por baixo das cascas; chegando numa certa altura, voa para baixo e pousa na base de outra árvore, recomeçando a escalar. Vive sozinho ou em casais. Arborícola, movimenta-se com freqüência sob galhos horizontais. Do alto deixa-se cair, de asas e cauda abertas, para recomeçar a subida, ou dirige-se, da copa, em voo rápido para árvore mais distante. Voa silenciosamente. Revela seu nervosismo sacudindo as asas; quando ameaçado esconde-se por detrás dos troncos com as asas entreabertas. Também vem ao solo para beber água. Arapaçu bebendo água

Distribuição Geográfica

Pode ser encontrado nas savanas do Suriname, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. No Brasil distribui-se de Marajó ao restante do país extra-amazônico.

http://www.wikiaves.com.br/arapacu-de-cerrado

Tico-tico

O tico-tico é uma ave passeriforme da família passerellidae. É um dos pássaros mais conhecidos e estimados do Brasil. Seu nome vem do tupi e deriva do seu chamado. Esta ave e o pardal são duas espécies comuns em áreas urbanas e muitas pessoas as confundem apesar de terem diferenças facilmente percebíveis. Entre os nomes populares conhecidos, destacam-se: “salta-caminho” (Pernambuco e interior da Paraíba), titiquinha e ticão, gitica, mariquita-tio-tio (São Paulo), tiquinho (Paraná), catete (bahia), toinho (Paraíba - Região do Seridó Ocidental) e piqui-meu-deus (sul do Ceará).

Características

Pássaro de porte médio que mede 15 centrímetros de comprimento. Possui o corpo compacto, com asas e cauda de tamanhos regulares, pernas e pés delgados e bico cônico e forte. A coloração dorsal é pardo-acinzentada, tendo a cabeça cinza com 2 tiras negras que partem da base da maxila indo até à nuca, com parte central cinza, também partindo da mesma base e alargando-se para a nuca.

As faces são de cor cinza, com 2 tiras negras de cada lado que vão até a região do pescoço, uma partindo do canto posterior do olho e outra do canto do bico. Pescoço com uma faixa cintada de cor vermelho-ferrugínea que desce até os lados do peito alto, onde se encontra com uma mancha negra.

Alimentação

Alimenta-se de sementes, brotos, frutas, insetos (besouros, formigas, grilos, cupins alados e larvas). Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. Também já foi visto comendo ração para cães.

Hábitos

É comum em paisagens abertas, plantações, jardins, pátios e coberturas ajardinadas de edifícios. Abundante em regiões de clima temperado e também em cumes altos expostos a ventos frios e fortes. É favorecido pelo desmatamento e pela drenagem de alagados, aumentando sua área de ocorrência. Vive em casais isolados, sendo que o macho ataca tico-ticos vizinhos que invadam seu território. Entre os traços interessantes do seu comportamento figura a técnica de esgravatar alimento no solo por meio de pequenos pulos. Para removerem a camada superficial de folhas ou terra solta que recubra o alimento. Perscrutando o terreno à sua frente pulam até 4 vezes consecutivas verticalmente sem alterar a posição das pernas e esgravatando o chão com ambos os pés sincronizadamente jogando para trás o material impeditivo. A tendência de executar tal movimento pelo tico-tico é tão forte que mesmo quando come algo sobre uma laje de cimento limpo ou num quintal pula da mesma forma